Parte 1 – Design, arquitetura e tipografia nas séries animadas do Batman
Publicado originalmente no blog da Plau
Batman: A Série Animada (1992) e Batman: Cruzado Encapuzado (2024) são duas animações de TV dentro do universo já muito conhecido do Cavaleiro das Trevas da DC Comics. Além de compartilharem o sucesso de crítica, elas dividem também alguns conceitos narrativos e estéticos que diferenciam elas de outras produções sobre o personagem. Neste texto de duas partes, vamos olhar em detalhe para a forma como os criadores pensaram o design da cidade de Gotham nessas séries.
Mesmo quem não é muito afeito a histórias de super heróis (ou histórias de “hominho”, como elas também são não-muito-carinhosamente conhecidas) deve ter uma imagem clara de quem é o Batman e em que tipo de mundo ele vive. Quem já teve qualquer contato com o personagem da DC Comics provavelmente não vai ter dificuldade em lembrar que as histórias dele costumam ter uma ambientação sombria, escura, soturna. Desde o primeiro gibi solo da história do Batman, escrito por Bill Finger e desenhado por Bob Kane, Jerry Robinson e George Roussos em 1940, ele já era chamado de “cavaleiro das trevas”. Ou seja, o homem-morcego já carrega nas costas um “branding” de mais de 80 anos de vida, e que é, de maneira geral, bem consistente.

Em qualquer conversa sobre o ambiente em que vive o cruzado encapuzado também não deve demorar para surgir o termo “gótico”. Afinal, ele vive em Gotham, que vem de “gótico”, certo? Mais ou menos. A cidade do Batman foi inspirada em Nova Iorque, que tem “Gotham” como um dos seus apelidos, sem relação nenhuma com o estilo gótico. De todo jeito, a coincidência é bem-vinda, porque a referência do gótico é, de fato, importante para o universo do Batman.
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